E assim prossigo, como algo que evapora quando alcançam seu íntimo...


setembro 24, 2011

setembro 20, 2011






Ensaio sobre a despretensão II
regenera-te 
esconde sob frágil plumagem 
que o vento leva
delicada intocável fortaleza.

setembro 10, 2011


A guardadeira de sonhos 2 (do que é feito o amor)


Sangue, sangrar, sangramos muito.
Sangramos idéias, sagramos memórias
Sangramos todos os dias, gotejamos.
Esvaímos pelos poros, pelos olhos, pelas mãos
E se guarda. Eu guardo o bom, o belo e o amargo.
O amargo do desespero. Do desprezo. Do amor.
O amor por vezes é amargo.
Fere, fura.
Fura por dentro, onde às vezes não podemos curar. E sangra.
Sangrar. Sangramos muito.

setembro 08, 2011

a única coisa que lamento é o tempo que perdem sem conhecer o sublime, o leve e a despretensão.

julho 04, 2011

gaveteiro









































procura de poros que transpirem realidade, onde fiquem guardadas as lembranças que a prolixidade da mesóclise insiste em esconder.

maio 05, 2011














Apenas mais um ensaio
"Última a morrer vítima de chacina foi identificada: era a esperança." (CR M.)

abril 26, 2011

janeiro 01, 2011

Queria te desejar um suspiro de feliz ano novo,
Mas queria fazê-lo de perto.
Bem de perto.
De uma maneira em que não saberiam distinguir onde
nos findamos
Me contentarei em mandar um suspiro de boas novas
E que elas sejam únicas
E capazes de te fazerem feliz
Mesmo que eu não esteja por perto.

dezembro 29, 2010

deitei-me com uma caixa antiga ao alcance dos olhos
dentro dela pude ver nossas antigas e tão novas palavras
e como se pode estar bem perto, mesmo que a vida nos crie distância.

novembro 08, 2010

esperado o ensaio

e esse aroma das manhãs que me persegue?
tanto frescor, tanta ternura
tanta leveza.
às vezes o confundo com o café que esquenta os corredores
mas só pelo calor, não pela acidez.

outubro 23, 2010

Dos planos que fiz em malas desfeitas
(apenas mais um ensaio)


Tirei peça a peça e dobrei-as cuidadosamente.
Coloquei na caixa de guardar lembranças cada pedaço meu que ficou por aí.
Se soubesse que lembrar me faria reviver a leveza de estar livre, 
sempre desfaria as malas ao voltar.

agosto 24, 2010




































Desamarrei do meu vestido
O seu cadarço.
Então pude cuidar do meu mundo
para que você pudesse visitá-lo.

junho 15, 2010




























Ensaio desgovernado sobre a esperança
("Saudade é o que fica de pessoas que não podem ficar.")

junho 02, 2010




Espera

Pra passarinho não tem distância
Passarinho migra e volta
E faz ninho e posa.
Depois muda
E retorna.
Passarinho tem saudade?
Só do que não viveu.
Passarinho sente falta?
Só do que já morreu.

junho 14, 2009



Ensaio sobre a despretensão

hoje aprendi:

ainda que grandiosas sejam suas ações, em um segundo com uma palavra fora do lugar e tudo perde a validade.

abril 26, 2009





E lá se vai mais uma noite que se tornaria longa
não fosse o sono incontrolável.
Debrucei-me sobre a construção de almofadas
e fui sem medo para o lugar onde
os medos acabam ao abrir dos olhos.

fevereiro 28, 2009



ENSAIO SOBRE A ESPERANÇA Nº 587
(sobre como esvair-se por 1 mm de diâmetro)

Era tarde quente de verão
e imaginava como seria se as
nuvens fossem de algodão.
No céu moraria?
Cintilaria por aí como se a noite
nunca chegasse.
E então seria fácil
por aqui passar
sem muito deixar
ao sair.

novembro 23, 2008



Anúncio para solitários
Rita Apoena
Procura-se um amigo sozinho
de andar discreto e gesto silencioso.
Procura-se desesperadamente um amigo
que saiba se aproximar
de um passarinho.

outubro 20, 2008

Do papel de pão
(ensaio sobre as coisas displicentes da vida nº 842)

se da solidão
fizesse minha companhia
quão desesperado
seria o entardecer?


junho 19, 2008

novembro 27, 2007


E não pensei

duas vezes antes

de partir para o ataque.

Tirei de você

meu perfume

e meu bilhete,

por onde vomitava belas

e simples palavras

para iluminar o

seu viver.

novembro 18, 2007


Das Tolices... assim puras.
Enquanto bordo
as linhas no travesseiro
Busco por caminhos,
não por respostas...
Sorte de hoje:
"A sorte vem ao seu encontro."
Pelo menos isso...
cansei de ir ao encontro dela,
e ela ficar se escondendo
atrás da árvore,
com medo...
não sei de que.

outubro 29, 2007



Dos dois que voam

(ensaio sobre o que você desejar nº 3)

Porque

ainda assim

"

Há presentes

que a

gente esquece,

e há

cicatrizes que

a gente

lembra com

carinho.

"

setembro 22, 2007



ronda

(da desobservância)


Da leveza espiritual
(ensaio sobre libertar-se das almas não tão puras nº 523)
Como sentir-se
no paraíso
apenas por
tapar os ouvidos
embaixo
do chuveiro

setembro 07, 2007


Me dê uma razão
(apresentação descompromissada nº 529)
Raízes que brotam
para os céus
assim sem limites
e crescem
vãs,
vagas mesmo
assim
desorientadas

agosto 04, 2007


E se for perguntar
por aí
o maior dos medos
não será da
morte
será do
amor,
de encontrá-lo
na esquina
assim
sem pretenção,
que permanece costurado
como nunca...

Apenas pensamentos vagos...
Numa lagoa há dois
patos na frente
de dois
patos,
dois
patos no meio
de dois patos e
dois
patos atrás
de
dois patos.
Quantos
patos há
na lagoa?

julho 08, 2007






Das borboletas


(do bater das asas)


Era assim


Com aqueles ares


de tarde fresca


da primavera.


Não era pra ser.


E assim fui.


Evaporei.


Fugi dos limites.


Me desviei para


além das forças...


Como quem eternamente


procura pela mesma casa


nova, e pelo antigo telefone.

junho 04, 2007


Eu Queria Ter Um Reino
(ensaio desesperado nº597)
a
Vamos combinar que viver assim
É como sucumbir ao movimentar do mundo
Mas eu queria mesmo era
ter um reino sabe?
Mas daqueles reinos de menina
A menina que sonha com as rendas
e os bordados da roupa de festa
Que não se preocupa com a falta
de respostas para as perguntas
que habitam seu imaginário
Queria ter um reino sabe?
Mas não daqueles que são só coloridos
Queria sim
daqueles onde encontraria enigmas
dos mais investigatórios, e detalhe,
com as conclusões mais simples
Queria ter um reino sabe?
Mas não dos que têm príncipes e princesas
felizes saltando nos bosques
queria um, só um
em que respirar o ar fresco das manhãs,
mesmo as das segundas-feiras
já bastasse para sentir a vida pulsar pelas veias
Queria ter um reino sabe?
Mas tem que ser reino de verdade,
com castelo, mesmo que imaginário
e também uma torre enorme
pra me esconder e me encontrar
sem gritar por socorro
Queria ter um reino sabe?
Cheio de flores macias e acolhedoras
e aquele cheirinho de lavanda do fim de tarde
pra brincar
Queria ter um reino sabe?
Mas que ele fosse como
uma simples casa no campo
Apenas isso, com o acordar calmo
o deitar satisfeito e tranquilo
apenas por saber que
se aproveitou cada suspiro.

maio 09, 2007


Cartilha nº 2
(boas-novas vomitadas ao vento por pura displicência)


Num impulso.
Quase... Incontrolável.

maio 07, 2007




Pelos Ciclos
(ensaio exaustivo a cargo dos ventos nº2)

O seu santo nome
Carlos Drummond de Andrade

Não facilite com
a palavra amor.
Não a jogue no
espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie
com o seu engalanado som.
Não a empregue sem
razão acima de toda razão (e é raro).
Não brinque, não experimente,
não cometa a loucura
sem remissão deespalhar aos
quatro ventos do mundo
essa palavra queé toda sigilo e nudez,
perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.

(Poema extraído do livro "Corpo", editora Record)

abril 20, 2007







Segredos


Meu vestido é
cheio de segredos.
A cada botão que
você abre,
sinto uma
rosa desabrochar.



Rita Apoena



abril 19, 2007



Rabiscos dos sonhos

simples de menina

ao telefone

"...

Tudo é perfeito

nesse momento.

A suavidade da luz,

o perfume do ar,

o rumor tranquilo

da cidade

..."

março 23, 2007

março 08, 2007


Percurso para novas descobertas
(na maciota nº 17)
Meadas, meadas
Ah as meadas!
Terão elas
sempre fios a
nos guiar?
Me levam a algum
Destino
Específico?
Uma ligação
Engano?
coincidência?
A boa espera sempre
merece um brinde

fevereiro 10, 2007



Labirinto
(Ensaio Ligeiro Em Dia De Frescor)

Pensava que
Não mais seria
Possível.
Mas
Numa noite agitada
De sexta
No vento que leva
Os últimos sinais da água de cheiro
E traz lembranças
de passados meses
Que confesso,
Mais pareciam séculos.
Numa tarde esfuziante
de sábado,
Num anoitecer
ansioso de domingo.
Controle intenso
para nada esperar.
E a vista que nem sempre
agrada
aos olhos
Mas em
confusão acalma a alma
e a pele.
Nas movimentações desapercebidas
Nas perceptíveis também.
Quando nada se espera
Muito menos se imagina
Aquele último
acorde
Vem em sinfonia.
Porque quem não propaga
Não é egoísta
Apenas pode repetir o prato,
E até que na metade do caminho
O pedido parte
daqui pra lá:
"Uma loucura meu bem
E por favor não amasse
O meu vestido".

janeiro 30, 2007


Ensaio sobre a Esperança nº 63
(força motriz)

Enlaces
Desdobramentos
Retornos de
Antigos odores
Sabores.

Dos dessabores

Nem conhecimento tomo
Correr livre
É mais fresco
Muito mais...

Porque até

nos não saberes
existem prazeres
imensos.

janeiro 29, 2007




A roda, O círculo, O ciclo
(ensaio desenfreado à procura da primeira labareda)

de vícios
de virtudes
e das vaidades
nossas
que costruímos
sem saber como
nem porque

nem para que
um dia virão
a servir

janeiro 21, 2007


Temporada
(Porque Desenhar Desanuvia a Mente)

Bem-me-quer
Mal-me-quer
Quem não
Sabe
Brincar
Não desce
Pro play

janeiro 13, 2007



Fato 03: Megalomania

(ensaio sobre o que você desejar nº 4, rabiscos rápidos em dia vazio)

fingir que

espirra fingir

que tropeça

passar um

bom perfume

usar um sapato

barulhento

dançar enquanto

dirige falar sozinho

um sorriso sem

motivo atrai olhares alheios

ou simplesmente

nada fazer

alguém sempre terá o

olhar atraído por

você



Fato 02: Vaidade

(ensaio sobre o que você desejar nº 3)

Caminho
observando
a beleza dos
horizontes
sem fim
a harmonia
da vida
a música das
esferas o
canto dos
pássaros o rocio da
brisa o murmúrio
das águas
a beleza das
flores



Se eu te amo e tu me amas, desta água beberemos várias vezes

(ensaio exaustivo 5 dias 4 noites)

Odores

Pessoas

Dolores

Imagens

Que se desmancham

Na água de cheiro

Nas pétalas das margaridas

Nas ruas estreitas

E descansam

janeiro 08, 2007



Propostas indecentes também são feitas à luz do dia

(estudo de tabuada feito para distração, afinal 2 e 2 sempre são 5)

"

Hey

Me das un disco

si doy

mucho mas que esto

yo te doy un beso

yo te doy yo te doy un beso

yo dicho que ir

es el verbo en camino el infinito

yo dicho que rir

es el lado mas

bonito de mi boca

y tu el es tu

él esta rico

"